O Que Dizer de Tudo?

O coração voa longe
A saudade corta o peito
Na distancia que o amor impôs
Sombras na noite
E um olhar sem jeito
Medo de encontrar alguém
Que me faça voltar a amar
Eu quero sentir tudo de novo
Mas não quero voltar a chorar.

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Alma Cansada

Eu já sofri tanto na vida
Já cai tanto no caminho
Já percorri madrugadas
Sempre chorando sozinho
Misturei-me na poeira da estrada
Hoje com a alma cansada
Eu quero paz e amor
Quero apenas deitar no seu colo
Pra mudar o meu mundo de cor
Não me pergunte nada.

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Pálpaveis Palavras

Madrugada embriaga
Ao som do silencio
O olhar deságua
Todo sentimento
Espectros rondam
A loucura do pensamento
Em palpáveis palavras
No mais puro momento
Estágio alterado
De consciência ao complemento
De tudo que eu não vejo
Insistindo em ser contentamento
Quando menos percebi
Estava tudo pronto
Melodia e canção
Versos e poesia
Enquanto a noite dizia não
Eu decifrava minha agonia.

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Gotas de Amor Deslizam Paz

Eu quero debruçar na janela
Deitar no infinito do amor
Decifrar a paisagem mais bela
Do horizonte quero o sabor
Eu quero gotas de amor e paz da chuva
Escorrendo na ponta da lua
Eu quero um coração na calçada
Contornando seu nome em cor
Eu quero um beijo de namorada
E do seu corpo quero todo o sabor
Eu quero a textura macia
De pétalas nos seus cabelos
Eu quero um banho de água fria
E arrepiar seus apelos
Se o mundo não tem fim
Meu amor também não tem
A poesia que mora em mim
Ao certo mora também no coração de alguém
Eu não quero nem saber
Porque que o céu é azul
Eu só quero contigo viver
Nesse planeta de norte a sul.

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Argila de Sonhos

Como argila de sonhos
Somos moldados a solidão
Uma madrugada fria condena
Uma cama vazia e imensa
Dilacera o coração
O vento gelado que entra
Pela janela aberta
Palavras vazias penetram
De uma canção incerta
O corpo padece em dor
Implorando um abraço
No peito desacelerado compasso
Nos desejos intenso cansaço
Somos esculturas da noite
Sombras que se perdem num vão
Da infinita desvantagem
De se alimentar de paixão
A lua ali calada
Finge nem escutar
Os gritos de silencio de uma alma cansada
Estrela que salta do céu no mar
Com um único desejo de se afogar
Só pra não continuar a chorar.

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Um Olhar de Alma Feminina

Janela aberta
Olhar rumo ao céu
Tristeza encoberta
Desnudando-se do véu
Flor serena de jardim
Alma que tem o dom
De gerar e alimentar a vida
E mostrá-la para mim
Ser cheio de encanto
Poesia e de amor
Vários mistérios sob o manto
E muitos desejos sob o cobertor
Uma essência de menina
Num olhar pleno de mulher
Lua que brilha como purpurina
Traga-me tudo que quiser
Não te peço nada
Apenas a pureza desse olhar
E no meio de nossa simples madrugada
Quero naufragar nesse seu mar
Vida que canta
Sonho que encanta
Sensações inexplicáveis
Que jamais terão fim
Um olhar de alma feminina
Que sai da sua poesia
Pra viver eternamente aqui dentro de mim
Moça bonita
Paz de um divino ser
Enquanto sua alma está aflita
Eu te trago serenidade
E te peço
Deixa-me entender e decifrar você.

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Pele Macia Morena Menina

Eu sinto saudades de ti
Menina suave morena
Asas do meu coração
Dona dos meus sonhos
Senhora da minha razão
Borboleta que sobrevoa
O meu jardim de amor
Leva a vida numa boa
Na textura do teu corpo
Eu jamais sentirei dor.

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Em Troca

Em troca da tua lágrima
Eu te dou um sorriso
Em troca do teu espinho
Eu te dou minha flor
Na loucura do caminho
Ofereço-te meu amor
No teu corpo cansado
Farei minha morada
E do teu beijo molhado
Horizonte de minha estrada
E enquanto tiver no mundo
Essa intensa chuva fria
Num sentimento profundo
Eu te faço minha poesia.

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A Menina e Seus Sonhos de Amor

Da janela ela olha a lua
Inteira e nua
Rainha da escuridão
Atrás dela um mundo infinito
Onde cabem todos os sonhos do seu coração
Num papel de poesia
Seus primeiros traços de amor
Como vida que pinta uma tela
Com as mais belas aquarelas de flor
Entre nuvens calmas de desejos
Caminhos de luz e estrelas
No afagar dos beijos
Os lampejos de uma manhã
Anunciando um sol
Que aqueça o corpo e a alma
Trazendo a paz e a felicidade
Pelos caminhos da sua cidade
De ver plantado enfim
Todas as cores do amor
Que perfumam flores do seu jardim.

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No Meu Frio Mundo

Com a mesma delicadeza de uma lágrima
Que rola da beleza do olhar
Ela levantou-se pela madrugada
Vestiu a roupa e foi embora
E não quis mais voltar
Folha caída de inverno
Frio que aperta o coração
Rabiscos guardados num caderno
Poesias de amor e solidão.

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Cai a Noite na Cidade

Cai a chuva na cidade,
A noite vem pra lembrar a solidão,
Lembranças de alguém
Que ainda não veio,
Nem o céu pode ser mais sincero,
Nada pra impedir,
Essa destruição,
Gestos falsos,
Olhares distantes,
Saudades de um lugar desconhecido,
Talvez quem ainda,
Não esteve comigo,
E agora o amor entregue a sorte,
Sem saber se vai se curar,
De uma dor que é bem mais forte,
Do que se pode agüentar,
Já me acostumei,
Com a tua ausência,
Com o quarto vazio,
Apenas num canto uma lembrança,
Um retrato que
Por você foi esquecido.

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O Céu é o Limite Pra Amizade
(e o Infinito é o Limite dos Sonhos)

Sobrevoa o jardim
Procurando encontrar
Um perfume de jasmim
Pra confundir com o azul do mar
Encontrou num universo
A beleza de outro olhar
Que transmitia tanta paz
Pra poder fortificar
A força de uma amizade
Que jamais irá acabar
Pois descobriram que o céu
É o limite pra sonhar
E nos sonhos desse amor
É infinito pra contar
Que essa poesia tem a mais bela cor
Da verdade em versejar
Duas meninas
Duas idéias
Um verdadeiro carinho
Que na imensidão do mundo
Encontraram-se no mesmo caminho.

Post dedicado as queridas amigas, Fátima Savioli e Andréia Riff, que sobrevoaram os céus do Jardim do Amor, semeando amizade, carinho e muita paz, e claro, poesia pra vida, e inspiraram essa postagem, pois o infinito é o limite dos sonhos, e lá do alto da vida, elas jogaram sementes de sinceridade e amizade verdadeira.

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Você é Pra Mim

Flor
Mar
Céu
Amor
Divina decadência
Da tristeza e da dor
Ar que eu respiro
É minha rua
Minha calçada
É o sol que me toca
Silencio
Que não me pergunta nada
É prazer deitada na cama
É poesia perfeita de quem ama
É solidão que se juntou a minha solidão
É meu país em cores e bandeira
É outono e inverno
Primavera e verão
É grama verde do jardim
Lua que toca a alma
E realiza um sonho sem fim
Você pra mim é coisa boa
É nota que no ar ecoa
Em homenagem ao seu coração
Você é a paz que eu procuro
É a minha mais perfeita lágrima
Em forma de canção.

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Lá do Alto do Mundo

Deitado num jardim
Jardim que é imenso amor
Eu não tenho medo do fim
Muito menos sinto dor
Lá do alto do mundo
Recebo a chuva que alivia
Aqueço-me no sol que irradia
Faço intensas poesias ao luar
E conto estrelas entre nuvens
Esperando você chegar
Lá do alto do mundo
Eu me perco no céu
Teto do universo
E na grandeza desse imenso véu
Eu te rabisco o meu mais simples e delicado verso
Onde na pureza desse momento em emoção
Também pro alto do mundo eu mando meus acordes
E te dedico uma canção.

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Lua, Menina Ensolarada

Lua doce e meiga
Que esconde sentimentos
Que me traz a memória madrugadas
E com sua claridade me faz amor
Lua da minha vida
Que deita nua em meus sentimentos
Que faz da minha cama ninho
Do perfeito arco-íris em cor
Lua da minha poesia
Seja chuva forte e fria
Seja lua luz do meu valor
Valor pra dissipar a dor
Lua que depois de tudo
Quando a noite se despede e vai
E quando o manto escuro cai
Vira lua ensolarada
Que na vertigem do tempo
Não me diz mais nada
Apenas que me ama em qualquer madrugada
Lua que vira sol
Sol que se permite lua
Sol que é nota de canção
Iluminam minha rua
E aceleram o meu coração.

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Vidraça Quebrada

Vidraça quebrada
Estilhaços de amor
Dor que consome o tempo
Tempo que despetala a flor
Flor que perfuma a vida
Mas os seus espinhos
São gladiadores de valor.

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O Coração e a Rosa

A rosa num jardim
O coração dentro do peito
A rosa se protege em espinhos
O coração numa dureza em dor
Uma vez feridos
O coração e a rosa
Eles usam suas armas
Pra se protegerem do amor
Cuide bem do seu jardim
Pois sua rosa
Poderá ser seu coração.

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Solidão (do meu pai)

Nas horas mortas da noite eu me levanto,
Envolto em um manto recolhendo-me ao frio,
Quero ouvir-te querida, e de canto a canto,
Eu vou andando a sós neste salão vazio,
Passo as horas calado andando, enquanto,
Ela a dormir, repousa em colchão macio,
Seu corpo esbelto, aconchegando ao manto,
A doce tepidez dos seios luzidios,
Dorme calma, tranqüila e despreocupada,
Das glorias, da existência e da ventura,
Dorme, sonha, sorri o mundo não é nada,
Foge aos encantos da vida e serás pura,
Dorme, e nesta sala a andar eu prossigo,
Sofrendo a terrível dor de um abandono,
Não podes deixar teu leito e estar comigo,
Dorme, porque atento velarei teu sono.

SYLAS REIS
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Texto escrito em Julho de 1949 pelo meu saudoso pai.

Deixo aqui um abraço a todos os pais nesse dia especial, pai que é força nos momentos difíceis, que é suporte pra vida, que é amor, que é condutor dos passos nos caminhos da vida, a maior riqueza deixada a mim pelo meu pai, foi tudo isso, além do sobrenome Reis.
Feliz dia dos pais a todos.

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Calcinha

De renda sua textura
Moldando pele macia
Traduz sonhos na cama escura
Enquanto eu lhe tiraria
Perfumada pelo desejo
Eu te arranco com um beijo
Arrepiando seus sentimentos
Desvendando seus momentos
Calafrios em pensamentos
Que num toque se entregou
A essência do amor
De quem veio e lhe beijou.

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Rápido Momento

Um sono leve
Um beijo na boca
O bico do seio
Entre mim e você
O amor bem no meio.

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O Que é o Verso?

O vento tocando
Sutilmente uma folha de outono
A nuvem bailando leve
Como que seduzindo o sol ao amor
A lua rodeada de estrelas
No exato momento em que o céu muda de cor
Meus dedos tocando seu corpo macio
Na calmaria de uma madrugada
Sua pele e a textura do arrepio
Sentidos em que o desejo fez morada
Seu olhar cruzando o meu
Numa lágrima de carinho
Aonde a emoção se perdeu
Colorindo a luz do caminho
Mas o que é mesmo o verso?
Sei lá
Não faço a menor idéia
Talvez sejam seus lábios de mel
Ou uma caneta solitária
Fazendo amor com um branco papel.

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Um Sol

Um sol que sai do seu corpo
Manhã ardente de prazer
De loucura eu quase morto
Do seu desejo eu quero viver
Entre calafrios e arrepios
Moldamos nosso dia assim
Desalinhos de uma cama macia
O seu prazer morando em mim.

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O Que Eu Tenho é Por Você

Eu tenho um jardim
Jogo sementes de amor nele
Por você
Eu tenho um céu pintado de azul
E cultivo as estrelas
Por você
Eu tenho um mar quase infinito
E todos os mistérios profundos
São por você
Eu tenho uma lua
Menina linda nua
Onde vejo você
E o sol?
Meu senhor das manhãs
É todo seu
Um dia era solidão
Encontrei um papel em branco
Desenhei um coração
E fiz uma poesia que virou canção
Foi tudo pra você
Num finalzinho de tarde
Abri minha janela e joguei um beijo ao vento
Na esperança que ele encontrasse
Adivinha quem? Você!
Então decidi que hoje
Tenho o amor como minha maior riqueza
E meu amor é todo por você.

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Eu Você e o Espelho

Eu olho no espelho
Vejo você
Você olha no espelho
E me vê
Somos dois corações
Procurando amor
Na tela real da vida
Em pinturas que têm a cor da dor
Vem logo e me dá a tua mão
Vamos refletir nesse espelho
A paisagem real da nossa vida
Amor, respeito e emoção.

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Onda

Na sua onda
Eu me deixei levar
Na inconstância dos sentimentos
Nos mistérios mais profundos
Da loucura do seu mar.

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